terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O poeta beija tudo

"O poeta beija tudo, graças a Deus… E aprende com as coisas a sua lição de sinceridade…

E diz assim: “É preciso saber olhar…”

E pode ser, em qualquer idade, ingénuo como as crianças, entusiasta como os adolescentes e profundo como os homens feitos…

E levanta uma pedra escura e áspera para mostrar uma flor que está por detrás…

E perde tempo (ganha tempo…) a namorar uma ovelha…

E comove-se com coisas de nada: um pássaro que canta, uma mulher bonita que passou, uma menina que lhe sorriu, um pai que olhou desvanecido para o filho pequenino, um bocadinho de sol depois de um dia chuvoso…

E acha que tudo é importante…

E pega no braço dos homens que estavam tristes e vai passear com eles para o jardim…

E reparou que os homens estavam tristes…

E escreveu uns versos que começam desta maneira: “O segredo é amar…”

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